Wednesday, September 22, 2010


A chuva deixa tudo com mais cor.
Não vivo mais os extremos,
Me contento com a primavera.
As vezes me perco,
Inventando razões para continuar,
Quando na verdade não há.
Pouco a pouco a chuva vai se misturando ao meu sangue.
Não sei mais o que é saudade,
Não sei mais muita coisa sobre a vida.
Fui criado à sua semelhança,
Fui esquecido amarrado à uma falsa esperança.
Por mais que eu grite,
Você nçao vai escutar,
Cansei de ouvir minha propria voz,
Falando sozinha no vazio.
Vivo minha falsa liberdade,
Vivendo a merda da vida pela metade.
Primavera, surreal.
Dias solitários regados a chuva,
Inferno astral.
Sempre incompleto,
Sempre por partes,
Nunca por inteiro,
Nunca é muito tempo.